quarta-feira, 28 de abril de 2010

MALCOLM ``X´´




A carta de Malcolm X


Muitos muçulmanos que foram abençoados com a realização do Hajj (peregrinação) falam com freqüência de como a jornada é uma experiência que muda as suas vidas.
Malcolm X, ou Al-Hajj Malik El-Shabazz, é um muçulmano que viu a luz do verdadeiro Islã através de seu Hajj (peregrinação), em abril de 1964. Ele fez a peregrinação que o ajudou a mudar completamente sua perspectiva sobre os brancos e o racismo.
Aqui estão trechos de uma carta que Malcolm X escreveu para seus leais assistentes no Harlem, do fundo de seu coração, contando a eles sua experiência. Nela, ele explica o que aconteceu durante sua jornada, que fez com que ele mudasse profundamente sua perspectiva sobre raça e racismo. Nós devemos ter em mente que esta carta foi escrita numa época em que a história dos afro-americanos na América estava em construção, uma época em que séculos de opressão estavam sendo discutidos e condenados em público.


Malcolm X - “Eu nunca tinha testemunhado tal sincera hospitalidade e irresistível espírito de verdadeira irmandade como é praticado por pessoas de todas as cores e raças nesta antiga Terra Sagrada, o lar de Abraão, Muhammad e todos os profetas das Escrituras Sagradas. Ao longo da última semana, eu fiquei sem palavras e fascinado pela benevolência que vejo demonstrada ao meu redor por pessoas de todas as cores.
“Havia dezenas de milhares de peregrinos, do mundo inteiro. Eles eram de todas as cores, de louros de olhos azuis, a africanos de pele negra. Mas estavam todos participando em um mesmo ritual, demonstrando o mesmo espírito de unidade e irmandade que minhas experiências na América me levaram a acreditar que nunca poderia existir entre o branco e o não-branco.
“A América precisa entender o Islã, porque esta é uma religião que apaga da sociedade o problema da raça. Através de minhas viagens no mundo islâmico, eu tenho encontrado, falado, e mesmo comido com pessoas que na América seriam consideradas brancas – mas a atitude ‘branca’ foi removida de suas mentes pela religião do Islã. Eu nunca tinha visto antes uma irmandade verdadeira e sincera praticada por todas as cores juntas, independentemente de suas cores.
“Durante os últimos onze dias aqui no mundo muçulmano, eu tenho comido do mesmo prato, bebido do mesmo copo, e dormido no mesmo tapete – enquanto oro para o mesmo Deus – com irmãos muçulmanos, cujos olhos eram os mais azuis dos azuis, cujo cabelo era o mais louro dos louros, e cuja pele era a mais branca das brancas. E nas palavras e nas ações e nos atos dos muçulmanos brancos, eu senti a mesma sinceridade que senti entre os muçulmanos negros africanos da Nigéria, Sudão e Gana.
“Eu pude ver disso, que talvez se os americanos brancos pudessem aceitar a Unicidade de Deus, então, talvez, eles pudessem aceitar na realidade a Unicidade do Homem – e parar de medir, obstruir e prejudicar outros em termos de suas ‘diferenças’ na cor.
“Por causa da iluminação espiritual que eu tive a bênção de receber como resultado de minha recente peregrinação à cidade sagrada de Meca, eu não aprovo mais acusações generalizadas a nenhuma raça. Estou agora me empenhando em viver a vida de um verdadeiro muçulmano. Eu devo repetir que eu não sou um racista e nem aprovo os princípios do racismo. Eu posso declarar com toda a sinceridade que eu não desejo nada além de liberdade, justiça e igualdade, vida, liberdade e busca da felicidade para todas as pessoas.

“Todos os louvores são para Deus, o Senhor de todos os Mundos."


Malcom X viu e experimentou muitas coisas positivas. A generosidade e grandeza de coração foram qualidades que o impressionaram pelas boas vindas que ele recebeu em muitos lugares que visitou em sua peregrinação a cidade sagrada.


Parte de texto publicado por: Islam house

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